Silenciosamente escapou do controle.
" M - Sim.
C - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
(Tempo)
C - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
B - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
M - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
B - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
A - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
M - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
C - (emite um pequeno grito de uma sílaba)
(Tempo) "
Acho que é só uma questão de tempo, de erros. Acho que eu devia parar de repetir ações, impulsos, idéias, frases que por mais que pareçam ensaiadas não o são, nunca foram. Saem até de forma desajeitada. Eu não sou do tipo que ensaia frases, sou do tipo que fica pensando se não poderia ter falado algo melhor.
E poderia, claro que poderia. Sempre poderia. E fica a dúvida se funciona ou não. E só o silêncio incômodo que conforta um pouco. Porque tudo que incomoda conforta um pouco, aprendi com o tempo. O que incomoda diz que você está ali. Sozinho, sempre sozinho. Mas ali. Já é muita coisa. Na maior parte do dia-a-dia (ou da vida-a-vida) nem isso acontece.
Arranha. Machuca. Mas eu acho que ninguém sai ileso. Eu não saí. A dificuldade é que quase nunca aparece quem tenha levado porrada, aí você se acostuma a repetir as mesmas coisas. E deixa aquele lado seu guardado e cheio de pó. Pra momentos que vão rareando. Ou é o tempo que passa mais denso?
A minha maior dificuldade é entender o que.