quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Para não esquecer [3]

- Você sabe que tem síndrome de trombadinha quando está num país estrangeiro na casa de um cara muito gente fina que não te deixa pagar nada e, ainda assim, voce rouba um chiclete e um suco de laranja do supermercado.
- A vida não depende de ONDE você está, mas COMO e COM QUEM. Por isso que 4 noites em Londres podem lhe render dicas sobre sexo, cogumelos alucinógenos com whisky e uma conversa com uma professora indiana ao sair de uma peça da Sylvia Plath, enquanto um mês na Holanda lhe deu uma bad trip por causa de um bolinho, dores abdominais excruciantes e vontade de fazer vasectomia (não necessariamente nessa ordem). Mas eu ainda quero ir embora de Natal.
- Você descobre que é uma pessoa mórbida/esquisita/anti-social quando ao invés de visitar o palácio de Buckingham, o Big Ben e passear de barco no Tâmisa, você passa dois dias num cemitério, visita o subúrbio punk fodido e passa o resto do tempo em livrarias. E adora.
-Não pude checar a afirmação para ver se é verdade, mas me falaram que as inglesas fodem mal. Não aguentam cinco minutos. Agora eu sei como o movimento punk surgiu. Imagina : "Caralho, minha mulher não quer foder mais de cinco minutos. E não me chupa. Tô com raiva. Muita raiva. VOU QUEBRAR TUDO E QUERO MAIS É QUE O MUNDO SE FODA!"
- E eu ainda volto pra essa porra desse lugar.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Metas de vida.

Tomar cerveja na Alemanha ........................... OK
Andar de bicicleta na Holanda ....................... OK
Dirigir um Mustang na Rota 66 ....................... Pendente
Dançar um tango na Argentina ........................ Pendente
Tomar vodka na Rússia ............................... Pendente
Fumar unzinho na Jamaica ............................ Pendente
Cheirar uma carreira na Colômbia .................... Pendente
Casar com uma atriz pornô ........................... Pendente



Eu acho que já é um bom começo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Para não esquecer [2]

- Na Alemanha se vende lata de cerveja de um litro. A lata normal é a de 500 ml. E a Heineken (cerveja holandesa) vende um barril individual de 5 litros. Caralho, eu sou um amador.
- Cristais de neve na parte interna do pára-brisa são lindos.
- Eu descobri de onde Gaspar Noe tirou inspiração para fazer aquele filme claustrofóbico.
- Por isso Deus não dá asa a cobra. Se eu morasse na Holanda ou tivesse canal pornô 24 horas eu não faria nada da minha vida. E não ligaria a mínima para isso. Nem para nada.
- Depois de três semanas convivendo com 3 crianças e 2 adolescentes, sabe qual é a primeira coisa que eu vou fazer ao voltar pra casa? Vasectomia.
- Preciso aprender alemão. Mas francês vem primeiro.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Para não esquecer.

- Aprender francês.
- Ouvir Beirut e Amy Winehouse enquanto vê filmes pornôs da década de 50 no Museé de l'Erotisme é algo único. E muito excitante.
- A Europa está a anos-luz de nós. A música eletônica é ótima e até os cachorros vira-lata parece que têm pedigree.
- Aprender francês com urgência.
- Quarto à prova de som porra nenhuma. Mas pelo menos alguém se deu bem. Pena que não fui eu.
- Nota mental : Francês fluente = plaisir sensuel.
- Eu não posso respeitar nenhuma companhia, instituição, evento ou parque temático que erija um monumento que renda a mínima homenagem à Phil Collins. Posso me divertir muito lá, mas não respeito.
- Caralho, mas por quê eu não fiz aula de francês?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A vida é um contratempo.

Ano novo, vida nova, coisa e tal. Pra completar, estou numa viagem pela qual eu teria dado o braço direito para vir, e nem precisei fazê-lo.
Mas o engraçado é que não importa o lugar. Como eu já citei aqui "drift all you want fromocean to ocean.search the whole world. but drunken confessions and hijacked affairs will just make yumore Alone."
O que move qualquer coisa dentro de mim são as ações. O fato de ir de um lugar para o outro. O movimento. A irresponsabilidade. Os pequenos detalhes do dia-a-dia, como por exemplo o fato do rádio do carro mostrar não só a estação no visor, mas também a música e a banda que está tocando; ou então uma estação de trem que parece com a de um filme que você viu. Poderia ser em qualquer lugar.
Talvez por isso ano novo pra mim não signifique muita coisa. E talvez por isso, à noite no carro, eu me perca em fantasias como arrumar alguma coisa que dê dinheiro longe de casa num lugar bonito como esse, telefonar e dizer: Vem pra cá e fica por perto (ou: eu vou passar um tempo perto daí). Até passar a vontade. E me desculpe por não ter dito isso antes. Estava com medo de te assustar.
Mas talvez sejam só fantasias.
E talvez por isso eu continue em trânsito. Bebendo mais do que devia. Dormindo menos do que devia. Porque pra mim só existem as coisas pequenas. Milhares de detalhes todo dia. E porque em uma noite quase sem lua um amigo me contou que tinha acabado de notar que tinha passado o ano inteiro seguindo um mapa, um roteiro, sem perceber, e eu notei que nem sei mais o que é mapa ou caminho.
E que tenho andado tateando pelos cantos já faz muito tempo.